quarta-feira, 29 de abril de 2009

Religião com ação social e política




No domingo, 26 de abril, os jovens empreendedores baianos tiveram uma importante experiência espiritual em solo americano. O grupo visitou a Mother Bethel AME da Filadélfia, uma Igreja Metodista Africana. Ao entrar na igreja, pareceu que o grupo retornara aos anos 40 ou 50. Os fiéis, todos afrodescendentes, muito bem vestidos se cumprimentavam e recepcionaram os jovens com alegria. As senhoras em lindos vestidos e espetaculares chapéus. O animado e afinado coral emocionou e contagiou os presentes. Impossível não lembrar filmes como A Cor Púrpura.

No culto, a valorização da presença de crianças e jovens na religião. No sermão do pastor, a importância do reconhecimento da identidade negra e da organização da comunidade para o fortalecimento de ações sociais da igreja, como o custeio dos estudos dos membros. Além de orações, foi pedido um apoio financeiro para uma universidade de um reitor negro que recebe estudantes pobres. A lista de apoiadores não acabava. Todos consciente da sua contribuição para a transformação social de outros negros e negras. Teve quem doasse dois mil dólares e quem fizesse discurso sobre o impacto da vida acadêmica na própria família.

Esse é foi o motivo da inclusão desta cerimônia na programação que a Levantamos organizou para os jovens empreendedores baianos. A religião como papel social e político sempre foi uma marca do protestantismo afro-americano. Grandes lideranças pelos direitos civis nos Estados Unidos tiveram como base o discurso religioso, como o Reverendo Martin Luther King e o divulgador do islamismo negro, Malcolm X.

Na tarde do domingo, os jovens ainda teriam mais mergulhos na história de lutas e conquistas dos negros norte-americanos, através da visita aos memoriais de dois ícones da história dos Estados Unidos: a primeira cantora lírica negra, Marian Anderson e o ator, escritor, político e ativista Paul Robeson. Mas esses merecem outro post.

Um comentário:

  1. André, parabéns pelo post sobre o papel das religiões na promoção da comunidade afro-americana. Com certeza não existiria Marcos Garvey, Malcom X, Martin Luther King e até mesmo Obama, se não fossem as igrejas e mesquitas pretas. Um abraço e parabéns pelo blog.

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